domingo, 20 de setembro de 2020

Notícias falsas num coquetel de falácias

Evidência anedótica não prova nada – Falácia: Se você ouviu alguém falar que ficou curado de uma doença porque tomou um determinado medicamento, você considera, verdadeiramente, que isso é suficiente para confirmar que esse medicamento cura essa doença? Seria esse o seu padrão, o seu critério para confiar numa informação?

     Saiba que essa única informação dada por aquele que foi curado, não é suficiente para concluir que tal medicamento cura a doença em questão. Faltam, nesse caso, métodos científicos – tanto métodos estatísticos, como métodos da área de pesquisa em saúde/medicamentos – para comprovar a tal relação medicamento-cura. Tais raciocínio e conclusão estão revestidos em um coquetel de falácias. Eis algumas delas:

- Falácia da evidência anedótica: É um testemunho que tenta estabelecer causa e consequência sem que essa relação esteja comprovada.
- Falácia da causa questionável / Relacionamento confuso de coincidências com causas: Tem como característica estabelecer uma causa questionável a um fato.
- Falácia do pensamento desejante: Como o próprio nome faz alusão, é quando algo é aceito como verdade por fazer parte do desejo do próprio indivíduo.

     As falácias, assim como as notícias falsas (fake news), os sofismas e as teorias da conspiração estão a impregnar os meios de comunicação na sociedade (redes sociais, conversas pessoais informais, conversas com familiares, conversas com grupos de afinidades gerais e religiosas, imprensa alternativa, imprensa de grandes corporações,...) e isso ocorre seja de forma oportunista rasteira (direcionar o pensamento das pessoas, conseguir dividendos financeiros e/ou políticos, disputa de poder, ...) ou seja por motivos de ignorância (ignorar). Portanto, estar atento a esses atos nocívos, causadores de enormes prejuízos à população, saber filtrá-los, reconhecê-los, não repassá-los e lutar contra a propagação deles é uma necessidade e isso trará benefícios para todos.

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Se engane, não é difícil - Pensamento Desejante

Falácia do Pensamento desejante – Pós-verdade: O que você faz quando está de frente a uma nova informação que está de acordo com o que você pensa?  Você aceita sem questioná-la?

     Aceitar como verdade só porque é algo que está de acordo com o que você pensa, sem que você questione, eis o que é pensamento desejante, eis o que é característica da pós-verdade. Caso esse seja um comportamento padrão seu, você corre o risco de cometer, várias vezes, falácias do tipo pensamento desejante.

- Quem se beneficia quando pessoas aceitam inverdades?

- Não é perigoso para a própria pessoa, pelo fato de em alguma ocasião ela ser vítima de inverdades?

     Pensamento desejante, como o próprio nome faz alusão, é algo aceito como verdade por fazer parte do desejo do próprio indivíduo. E essa atitude pode levar um grupo de pessoas, em grandes quantidades ou não, a aceitar inverdades como se fossem verdades. Entendeu o perigo disso e a responsabilidade que cada indivíduo tem ao dar início a essa situação ou a tomar parte dela?

     Não faltam exemplos de conseqüências inaceitáveis (linchamentos de pessoas, inclusive de inocentes; destruição de relações pessoais; guerras promovidas com inverdades; golpes com prejuízos no local de trabalho; golpes políticos; ...), além de alienar da realidade a própria pessoa. Você consegue colocar exemplos reais das conseqüências citadas acima? Você consegue dar outros exemplos reais?


Obs.: O que hoje é chamado de pós-verdade sempre existiu, com outros nomes e outras máscaras, e não é “privilégio” da pós-modernidade. 

 

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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Pós-verdade e achismo – Atirou no que achou que viu e não acertou nada

Pós-verdade e achismo: Se crenças e emoções são mais importantes do que fatos para formar opinião, então temos, aí, opinião com característica de pós-verdade. Tal tipo de opinião ou de conclusão possui base frágil de sustentação. Já imaginou a situação se numa sociedade as provas fossem baseadas em achismo?

Fique atento às frases dos tipos (Elas provam alguma coisa?):

- Eu acho que é.
- Eu sinto que é verdade.
- Eu sinto que é mentira.
- É verdade porque muita gente está dizendo.

Veja alguns exemplos nos quais pós-verdade e achismo são considerados como fato, como provas para a formação de opiniões com bases frágeis de sustentação:

- Fulano foi condenado e isso é justo porque eu sinto que ele é culpado.
- Sicrano terá desconto em seu salário porque eu acho que ele faltou ao trabalho naquele dia.
- Beltrano deve ser responsabilizado porque muitas pessoas dizem que ele disse essas coisas.

Qualquer, qualquer, pessoa poderia passar por situações como essas dos exemplos, não é?

Obs.: O que hoje é chamado de pós-verdade sempre existiu, com outros nomes e outras máscaras, e não é “privilégio” da pós-modernidade. 

 

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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Valorize a vida e sem hipocrisia

     Sem hipocrisia e sem rodeios, vamos direto ao assunto. Primeiro e importantíssimo aspecto: a vida é para ser vivida com todas as nossas forças. Essa é uma noção que todos poderiam ter, inclusive, aqueles que tornam difícil a vida de outros através da dominação, da exploração, da corrupção,... . A questão é: por que algumas pessoas deixam de valorizar a própria vida? Essa é uma questão muito delicada e que deveria ser abordada por pessoas preparadas para lidar com esse assunto, mas a gravidade da situação na sociedade exige a ajuda de muitos, daqueles que, por verdadeiras razões humanitárias e de solidariedade, se propõem a colaborar de forma desinteressada, ou seja, que não estejam interessados em ganhos escusos. Oportunistas rasteiros conseguem enxergar formas de tirar vantagens escusas para eles, até nas melhores e mais necessárias ações humanitárias e, por isso, é sempre bom estar atento. Agir contra tal oportunismo e contra as dificuldades artificiais impostas à vida de todos, deveria ser uma motivação para valorizar a própria vida e a vida de outros, seria a verdadeira solidariedade e a verdadeira ação humanitária sem que ambas fossem contaminadas pela hipocrisia e pelo oportunismo rasteiro.


   O segundo e também importante aspecto, são as ações necessárias para solucionar a não valorização da própria vida, ações que não devem estar dissociadas da valorização da vida de outros. Mesmo para um leigo, é possível admitir que os motivos são muitos, desde aqueles ligados às questões de saúde em alguns âmbitos até às questões sociais. Toda solução de problema deveria agir simultaneamente sobre as causas – questões de saúde, questões sociais e o que mais houver - e sobre os efeitos. Quando a proposta e o foco estão somente sobre os efeitos, tal proposta se assemelha a enxugar gelo e a apagar chama pela superfície e não pela base, ou seja, essa proposta não logrará êxito.

     Por fim, é importante saber que cada um sente a própria dor do jeito dele e que cabe a quem quiser ajudar, levar isso em conta e ajudar da forma que for possível. Valorize a vida todos os dias e não somente em datas de referência, essa é uma postura afastada da hipocrisia e do falso moralismo que reinam desde sempre. Fique bem. Viva a vida!

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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Sorria, você não será mais enganado – se não quiser, é claro

Noticias falsas – Fake news: Já pensou que quem repassa muitas notícias não tem tempo para checar se a informação é verdadeira ou falsa? Você já pensou sobre isso?

     A dúvida é um indício que a pessoa pensa ou quer pensar por si e que não quer ser enganada por aproveitadores rasteiros. Esta é uma boa característica, mas ainda não é suficiente para ser um livre-pensador. Afinal, todos pensam, mas pensar sem questionar, verdadeiramente, as próprias ideias e sem avaliar, também verdadeiramente, as ideias contrárias, não leva a uma conclusão confiável. Não se deixe enganar.

Para pensar: Se você tem a mesma ideia sobre algo durante muito tempo, é sinal que você estagnou na aprendizagem sobre o objeto de estudo. Afinal, a aprendizagem gera transformação na visão que se tem sobre algo. A cada aprendizagem passamos a enxergar de outra forma. Faz sentido, não faz?

 

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terça-feira, 30 de junho de 2020

Temas - Ideias-Chaves

  Essas ideias-chaves mostram princípios e algumas ferramentas que formam a base dos posts neste site.



  As ideias-chaves, a seguir, mostram algumas ferramentas de lutas (resistência e avanço) para a população alcançar a formação de uma sociedade verdadeiramente livre e mais justa. As abordagens dessas ideias estarão nos posts do site InterAção Direta.



  As ideias-chaves , a seguir, mostram conceitos e práticas para o desenvolvimento de uma educação libertária e para a formação de livre-pensadores (pensamento com base em dialética). As abordagens dessas ideias estarão nos posts do site InterAção Direta.



  As ideias-chaves, a seguir, serão abordadas para mostrar outras formas de economia sem exploração de vidas e do meio ambiente, mostrar relações humanas colaborativas, comunicação e o que vem a ser espectador ativo. E isso poderá ser visto aqui, nos posts do site InterAção direta.



  As ideias-chaves , a seguir, servirão para abordagens sobre questões do trabalho. Questões essas, de máxima importância que a população precisa conhecer, discutir e agir.



  As ideias-chaves , a seguir, servirão para abordagens sobre ideias afins - nesse bloco haverá posts que relacionam ideias equivalentes de diversos vieses políticos e sociais -, agroecologia, veganismo com enfoque maior sobre proteção a animais, indicação de livros - dos temas abordados no site -, meio ambiente, dentre outros temas.



  As ideias-chaves, a seguir, serão utilizadas para abordagens sobre comunicação. Serão abordados os aspectos de usos construtivos (provocação à reflexão, argumentações,...) e os aspectos de usos nocivos (notícias falsas, falácias, sofismas,...).



  As ideias-chaves, a seguir, servirão para abordagens sobre injustiça social, precarizações que afetam a maior parte da população e sobre o respeito às diversidades.



  As ideias-chaves, a seguir, serão usadas para abordar temas relacionados à existência do Estado. Se o Estado existe, ele tem que cumprir com as razões (as ditas razões) da existência dele



  As ideias-chaves, a seguir, serão usadas para abordar temas bastante polêmicos. A imagem diz muito.



  As ideias-chaves, a seguir, serão usadas para abordar o meio de produção vigente - o capitalismo - e questões econômicas e financeiras, além das características e das condições que sustentam esse sistema.



  Após o término de mais uma apresentação das características e dos temas que serão abordados na InterAção Direta, cabe, agora, dar início ás abordagem dos temas.

Até o próximo post.
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sábado, 18 de abril de 2020

Ação Direta - Lançar luz sobre essa prática

Lançar luz sobre o que é Ação Direta é uma necessidade para que esta prática seja compreendida e que, assim, seja possível perceber a importância dela para a libertação de indivíduos e coletivos das amarras da exploração e da alienação dirigida, em suma, para construir relações e coletividades justas.


Antes de apresentar algumas características deste tipo de ação é preciso expor que relativizar, de forma falaciosa, a ideia de defender justiça como algo não excludente e que possibilita condições de dignidade humana a todos, é, no mínimo, desonestidade intelectual. Até porque, se numa interação, a condição não é verdadeiramente justa para alguns (os prejudicados), logicamente ela não poderá ser justa para outros (os beneficiados), pois nesse caso, o benefício alcança por uns é conseguido com o prejuízo de outros. Aliás, não é negado o direito de discordar desse conceito de justiça, mas será que essa discordância consegue ser sustentada numa interação dialética?

Ação Direta, numa visão libertária, é a prática de qualquer ação, feita por meios justos, para alcançar objetivos que estabeleçam condições de justiça para todos (condições não excludentes). Uma das características da Ação Direta é agir sem depender de indivíduos ou grupos que estabelecem falsas legalidades que, em verdade, foram criadas para deter o desenvolvimento de condições de justiça. Afinal, quem pode agir com mais determinação por algo que necessita senão a própria pessoa ou o próprio coletivo?

Ideias Afins :

- Práxis
- Proatividade
- Autonomia


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Ação Direta
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